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Os primeiros anos do século XX foram o terreno onde nasceu e cresceu essa luta de titãs, na qual participavam sem reservas os próprios governos dos países e na qual não estava em jogo apenas um simples recorde expressivo de velocidade sobre as águas, mas a conquista do poder marítimo mundial. O império britânico considerou esse golpe uma operação orquestrada das potências estrangeiras para colocar em crise seu domínio, atacando-o no ponto mais forte: a economia marítima. Assim, decidiu financiar a Cunard Line, para que recuperasse aquela superioridade que dava prestígio ao país. O objetivo era muito claro: projetar transatlânticos para reconquistar a “Faixa Azul” não apenas com uma margem exígua de vitória, mas com uma potência que anulasse qualquer possibilidade de concorrência nos próximos vinte anos. O financiamento do governo ocorreria em duas direções diferentes. Por um lado, a companhia naval deveria receber subvenções consideráveis para a construção de dois transatlânticos, os maiores e mais velozes que já cruzaram os mares. Por outro, mais ajudas garantiriam a gestão ordinária. Não satisfeito com a ajuda econômica, o governo britânico abriu a caixa forte de seus segredos militares e colocou à disposição dos estaleiros Swan Hunter & Wigham Richardson os últimos avanços tecnológicos adquiridos naquele setor.
HMS Dreadnought
Já é sabido que o esforço para criar instrumentos mortíferos e destruidores na área bélica às vezes traz consigo algum progresso tecnológico para a sociedade civil. Não estava alheio a essa regra o aperfeiçoamento contínuo da tecnologia naval. A necessidade de proteger os navios grandes de madeira dos ataques inimigos levara, em primeiro lugar, a aplicação de revestimentos de aço sobre o casco de madeira do navio e, em segundo lugar, a fabricar barcos couraçados, totalmente blindados, produzidos inteiramente em aço. Essa exigência bélica havia acelerado a passagem da madeira ao ferro nas embarcações mercantes. Em 1906, com a entrada em serviço do HMS Dreadnought, a Marinha Britânica dispunha, por fim, da nova arma estratégica da época. A maior força destrutiva de seus canhões, combinada com maior velocidade, obrigaria a retirar antecipadamente os couraçados da geração anterior. Em 1907, a luta enfurecida pela conquista da “Faixa Azul” era, na realidade, uma declaração de guerra tácita, que seguia paralelamente à corrida armamentista desencadeada entre a Grã-Bretanha e a Alemanha.
3 comentários:
boa pesquisa parabéns
essa cunard sempre de zói na faixa azul
parabens capitao
cara eh mto ferro pra pouco abrco,nao sei como navegava ,soh de olhar vc calcula o peso disso
abçs
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