terça-feira, julho 10, 2007

TITANIC - PREFÁCIO - PARTE I

Prefácio do Livro de Titanic de James Cameron.
Neste livro pode ser encontrada uma descrição detalhada do monumental esforço de milhares de artistas e artesãos na recriação acurada do "navio dos sonhos", incluindo a réplica do exterior em tamanho natural e o tanque de 64,4 milhões de litros projetados para o seu naufrágio; as novas descobertas dos mergulhos de Cameron até os destroços do navio em 1995; os estudos sobre o incrementado vestuário, maquiagem e cabeleireiros que definiam o estilo da "Era de Ouro"; um resumo dos impressionantes efeitos especiais do filme; e as entrevistas com o elenco e a equipe, todas associadas aos eventos históricos da viagem inaugural, e final, do Titanic.
Editora: Manole - Ano: 1998


A tragédia assumiu um caráter quase mítico na imaginação coletiva, mas, com o tempo perdeu sua face humana. Seu status em nossa cultura transformou-se em uma história de moralidade, mencionada com mais freqüência como metáfora em charges políticas do que um evento real. Decidi fazer um filme que trouxesse aquele evento à vida, quis humanizá-lo: não um documentário dramático, e sim um retrato da história real. Eu quis colocar o publico no navio, nas suas últimas horas, para que vivesse o trágico evento em sua terrível e fascinante glória.
O maior desafio de fazer um novo filme sobre um assunto tão discutido é o próprio fato de a história ser bem conhecida. O que dizer que ainda não foi dito? O único território que senti que não havia sido explorado nos filmes anteriores era o do coração. Eu queria que o público chorasse pelo Titanic, o que significa chorar pelas pessoas que estavam no navio, portanto, chorar por qualquer alma perdida no instante de sua morte. Mas a morte de 1500 inocentes é muito abstrata para comover o coração, apesar de imaginarmos a quantidade facilmente.
Para experimentar plenamente a tragédia do Titanic, para ser capaz de compreendê-Ia no aspecto humano, parecia necessário criar uma tocha emocional para guiar o público, apresentando dois protagonistas que o conquistassem, e depois levá-Ios ao inferno. Jack e Rose nasceram a partir desta necessidade, e a história do Titanic transformou-se na história deles. Senti que meu filme deveria ser, antes de tudo, uma história de amor.
E o que poderia ser mais romântico, no sentido mais comovente da palavra, do que o Titanic, com suas histórias de homens e mulheres torturados em massa pelo destino cruel, das viúvas procurando nos rostos dos poucos homens sobreviventes os seus maridos ou namorados, das terríveis perdas e danos da manhã seguinte... de tantos corações partidos.



(continua...)

2 comentários:

Anônimo disse...

esse livro eh massa
vlw capitão
abçs

Mário Monteiro disse...

nossa vou ler cada detalhe...