O transatlântico France-Norway, que já foi o maior do mundo, foi leiloado entre os dias 8 e 9 de fevereiro em Paris. Contudo, os interessados não puderam levar a embarcação inteira. Ela foi dividida em nada menos do que 466 pedaços. Houve chance de disputar desde lembrancinhas como medalhas, luminárias e as roupas da tripulação até proa, a chaminé, as escotilhas e os requintados móveis e quadros que faziam do navio o ícone dos cruzeiros de luxo nos anos 1960.
Os valores dos equipamentos são tão variados quanto à quantidade de objetos postos em leilão - podem ir de 100 euros a 80 mil euros. Os lances foram disputados na casa de leilões Artcurial, na Avenida Champs-Elysées, cujo site já exibia os preços estimados para cada lote. Um spencer do comandante, por exemplo, poderia sair entre 750 e 900 euros, enquanto os 25 cardápios do restaurante, elaborados em 1972, poderiam ser arrematados por valores entre 700 e 800 euros. Os alto-falantes em alumínio, mais baratos, não devem passar dos 300 euros. As apostas já poderiam ser feitas na própria internet, mediante cadastro no site da Artcurial.
A embarcação foi ao mar pela primeira vez em 1961. O custo do navio na época da construção foi de 420 milhões de francos, cerca de R$ 195,9 milhões, e o France era o mais longo do gênero já construído, com 299,25 metros de comprimento. Sua velocidade de 31 nós também era impressionante para a época.
Inaugurado pelo então presidente francês Charles de Gaulle, o luxuoso transatlântico, com capacidade para 2.032 passageiros, rodou o mundo em cruzeiros turísticos até 1974, quando uma crise desencadeada pela concorrência com o célebre Queen Elizabeth 2 o obrigou a parar de navegar.
Desde então, uma extensa história de tentativas mal-sucedidas de reativá-lo se enumeram. Comprado em 1979 pelo norueguês Knut Ulstein Kolster, o France foi rebatizado de Norway. As navegações passam a se concentrar no Caribe e em 2006 o navio é novamente rebatizado para Blue Lady, já às vésperas do encerramento total das atividades, quando foi comprado pelo francês Jacques Dworczak.
O milionário decidiu enfim desmontá-lo, após quase 30 anos desde o começo da decadência do transatlântico. Depois de quatro anos de um trabalho minucioso de desmantelamento, agora o colecionador de objetos marítimos construídos desde o século XVII colocou os pedaços à venda. As peças ficaram disponíveis para visitação, desde o dia 4 de fevereiro.
"Nós imaginamos que de fato haverá muita gente visitando e tentando a sua chance, porque se trata realmente de um navio que tem um espaço especial no imaginário não só dos franceses, mas de gente do mundo todo que participou em cruzeiros a bordo dele. Ele é repleto de nostalgias", explica a assessora do colecionador, Sylvie Robaglia. "Depois de ter havido tanta gente querendo salvá-lo até o último segundo, vai ser sem dúvida um momento inesquecível."
Sylvie Robaglia espera receber muitas apostas por telefone, já que a maioria dos potenciais compradores não devem estar presentes em Paris no momento do leilão. Com 3,51 metros de altura e pesando cerca de 4 toneladas, a proa do navio tende a ser a peça mais valiosa, orçada em 80 mil euros. Pelas escotilhas, Dworczak pretende arrecadar cerca de 650 euros, cada uma, enquanto os dois bancos do capitão estão orçados em 1,3 mil euros.
O leilão oferece também diversas peças de mobília desenhada pelos grandes nomes do design francês da época, como Jules Leleu, Henri Lancel e Nusbaumer. A clientela dos móveis, no entanto, deve se preparar para gastar altas quantias: uma escrivaninha de leitura poderá custar até 70 mil euros, enquanto os quadros - grande parte fruto dos pincéis de Louis Vuillermoz, não devem custar menos do que 5 mil euros.
11 comentários:
mais um q desaparece
o.O q lembracinhas caras!!!
esse eh feinho =]
a cor antiga era + bonita doque esse azul no final
legal o topico Alê!!!
abçsss
essa asinha da chamine fikou feio d+, mto futurista, ele preto+vermelho é mais bonito doque azul+cinza
o q sera que o ganhador vai faser com a proa? ^^
Realmente uma pena ver um navio tão magestoso terminar no meio de um "deserto" e ser desmantelado assim, mas tudo nesta vida tem um fim...
Já assisti um documentário da transformação pela qual ele passou quando foi reformado, e eu achava que duraria por muito mais anos... Fazer o quê?
Parabéns pelo post Alê!
(leilão que lembra o Olympic,épocas diferentes mas com fins muito parecidos...)
as primeiras foto ele tah + bonitinhu
terminou igual o olimpic =(
parabens capitao Alencar, post 10
É um belo navio!
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da uma dó em saber que é desmontado
='(
o cemitério de navios assim, deveria ser o fundo dos oceanos (claro que depois de retirar o combustivel e outros poluidores)
=)
Belo post, capitão!
Parabéns
nossa lembrei do olimpic sendo fatiado e vendidu igual esse naviu ai =[
to gostando do blog
eh VICIANTE!!!
muito triste ver o fim de um navio
q musica linda!!!
nao me venham falar de crise mundial!
ebaaaaaaaaa!!!!
vo comprar a proa e colocar no meu quarto kkkkkk
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