quarta-feira, setembro 06, 2006

LIGHTOLLER – SEGUNDO-OFICIAL

Charles Herbert Lightoller tivera sua primeira experiência como marinheiro aos 13 anos de idade e logo iniciou uma formidável carreira sob o comando de valentes capitães, capazes de transmitir cada um dos segredos da complexa arte da navegação. Ainda adolescente, embarcou sob o comando de Jack Sutherland, um capitão que, em Liverpool, passou para a história como um dos homens do mar que desafiara o impossível. Lightoller também havia enfrentado diversas situações de perigo, dentre elas, um incêndio a bordo, cinco naufrágios e as dificuldades de uma ilha deserta. Graças a essas experiências duras, porém importantes em sua formação, vividas a bordo do clíperes*, os melhores e mais extraordinários navios de vela da época, Lightoller recebera o grau de capitão com apenas 23 anos de idade. Em uma atitude um tanto fanfarrona, costumava dizer que nunca se afogaria porque não havia água suficiente no mar. Os marinheiros o consideravam um homem duro. Sua agitada vida levara-o a enfrentar aventuras longe do mar: certa vez participou na região de Yukon, da famosa corrida ao ouro, outra vez ainda, vestiu-se com roupas de cowboy nas pradarias canadenses. Em janeiro de 1900, ingressara no mítico grupo de oficiais da White Star Line e, antes de chegar ao Titanic, já havia percorrido todas as etapas necessárias para uma brilhante carreira, ocupando o posto de primeiro-oficial de bordo no Majestic e no Oceanic. Com a transferência de Wilde como segundo-capitão e Murdoch ocupando o cargo de primeiro-oficial, Lightoller foi rebaixado a segundo-oficial, o que acarretou uma perda de 3 libras esterlinas e 10 xelins em seu salário mensal. Lightoller não aceitou seu novo destino com naturalidade porque, ao contrário de Wilde e Murdoch, além do título de capitão de longas distâncias, também possuía um diploma de especialização. Com a chegada do século XX e o total abandono da navegação de vela, o título de capitão de longas distâncias não era suficiente. Aquele que aspirasse ao comando dos novos vapores deveria obter um diploma de especialização, como o de Lightoller, que embora não fosse obrigatório, daria maior vantagem àqueles que o possuíssem.
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* Veleiro de formas finas, proa lançada, mastros altos, pano redondo, grande superfície de velas, e por isso velocíssimo. [Notabilizaram-se os clíperes no transporte de passageiros e carga, do litoral oriental para o ocidental dos E.U.A., via extremo sul do continente americano, na época da corrida do ouro na Califórnia.]
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Post dedicado ao meu “amigo titânico” Mário Silva.

5 comentários:

Anônimo disse...

Caracaaaaaaa ........ vai ter azar assim na pqp!!!! ......... Realmente, observando a intelectualidade dele no filme do Cameron, nota-se que tinha uma personalidade forte. Eu tb morreira de raiva se fosse rebaixado ........ heheheh ....... abraçossssssssssssss

Anônimo disse...

Bom dia, td blz?
Feriado a caminho q bom neh?
D+++ a historia do lightoller, ele tem kra de mau, mto mau, diferente de vc q tem karinha de anju, hehehehe.
palabens sempre show seu blog, bjs e bom descanso linduuu.

Anônimo disse...

eu num gosto deleee

Mário Monteiro disse...

Não poderia deixar de vir agradecer, claro. ^^ ao contrário da flávia eu até gosto do lightoller, ele queria embarcar todos rápidamente e foi graças a ele que também aqueles coitados no bote virado se mantiveram vivos. muito obtigado pela dedicação.

TATY LOWE disse...

Nossa, esse cara é parente do Jack Sparrow?? Afinal, passar por essa barra toda não é pra qualquer um hahaha fui!