domingo, maio 21, 2006

BISMARCK O GIGANTE DOS MARES

O Bismarck foi o gigante dos mares por pouco tempo. Seu ousado projeto começou como um simples navio de carga em 1935, mas se desenvolveu e tornou-se um dos maiores navios de artilharia com a aproximação da Segunda Guerra Mundial. Seu peso era de 41,7 mil toneladas, 50,9 mil quando carregado. A idéia inicial era de uma embarcação de acordo com as determinações do Tratado Naval de Washington, que pedia uma tonelagem máxima de 35 mil. A melhor saída foi a mentira. A Alemanha teve de esconder o tamanho do Bismarck e do seu gêmeo Tirpitz dos britânicos. Um outro acordo de 1935 limitava o volume dos navios alemães a 35% da Marinha Real.
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O tamanho e o poder de fogo do Bismarck eram avassaladores. No projeto original, havia oito canhões de 330 milímetros dispostos em quatro torres duplas, mais doze canhões de 150 milímetros e outras 16 armas de 105 milímetros. O calibre dos canhões principais foi aumentado para 380 durante a construção. A couraça principal foi diminuída de cintas de 350 milímetros para 320 milímetros. O Bismarck foi posto em uso em 20 de agosto de 1940 para sete meses de treinamento. Ainda em segredo, o Bismarck e o Pritz Eugen passariam a atacar comboios britânicos no Atlântico Norte em maio de 1941. Um navio dessas proporções, com tamanho poder de fogo e a maior couraça já vista, seria como um leão entre os cordeiros. O Bismarck precisava ser impedido de sair para o oceano a qualquer custo.
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No dia 24 de maio, em sua primeira batalha oficial, o Bismarck encontrou o cruzador Hood e o Prince of Wales no Estreito da Dinamarca. A batalha durou apenas 16 minutos, terminando com o naufrágio do Hood. Os canhões do Bismarck atingiram o paiol da proa do Hood, explodindo-o. Dos 1.418 tripulantes, apenas três sobreviveram. Este cruzador era a maior vedete da esquadra britânica. A vitória da Alemanha sobre um ícone da Marinha Real não poderia passar em branco. O Prince of Wales havia acabado de ser construído. Entre sua tripulação, ainda estavam trabalhadores ajustando os últimos detalhes. Tanto o Bismarck quanto o Prince of Wales saíram avariados da batalha. Para o Bismarck, um dos projéteis havia danificado a área de combustível. O óleo marcaria um rastro do navio pelo mar, forçando-o a reduzir a velocidade para economizar combustível.
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Os ingleses estavam decididos a vingar o Hood. Para isso, todas as embarcações aliadas nas proximidades foram convocadas para caça ao Bismarck. Mais de 100 navios e barcos atenderam ao chamado. No mesmo dia, o porta-aviões Victorious avistou os alemães. Os biplanos Swordfish alvejaram o Bismarck com torpedos, um dos torpedos atingiu o casco em cheio, mas não causou muitas avarias à couraça incrivelmente reforçada. A partir de então, começou uma corrida pela vida. O Bismarck estava no topo da lista da armada britânica, mas todos os protagonistas da perseguição estavam ficando sem combustível. O objetivo do Bismarck era chegar o mais perto possível do continente ocupado e conseguir apoio aéreo e escolta de destroyers. O Bismarck conseguiu manter a dianteira por algum tempo, ajudado pela queda das comunicações dos dois lados, mas foi por pouco tempo, localizado ao norte da Irlanda, um torpedo lançado por aviões, avariou o leme do Bismarck, que não tinha mais mobilidade, e seu único curso possível era um círculo. Durante a noite, mais ataques de torpedos foram deflagrados, mas nenhum atingiu o gigante. A tripulação sabia que estava condenada e esperou a noite toda pela morte ao raiar do sol.
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Na manhã do dia 27 de maio, a maior belonave do mundo foi atacada pelos couraçados King George e Rodney e pelos cruzadores Norfolk e Dorsetshire. Durante 88 minutos, os quatro navios britânicos literalmente despejaram 2.876 projéteis e seis torpedos sobre o navio alemão. Um projétil atingiu a torre de comando, matando praticamente todos os oficiais. O gigante Bismarck calou-se. Mesmo assim, manteve sua bandeira hasteada sem sinal de rendição. O Bismarck havia acabado com toda a munição inimiga e, ainda assim, continuava altivo. Vulnerável, mas com chances de receber ajuda alemã a qualquer momento. O capitão Lindemann do Dorsetshire recebeu ordens de torpedear novamente o navio. Outras versões de sobreviventes dizem que foram os próprios alemães que abriram o casco. O Fato é que o Bismarck finalmente afundou às 10h40min daquela manhã. Durante o resgate dos poucos sobreviventes, soou um alarme de submarino inimigo, forçando os britânicos a deixar centenas de homens vivos no mar. Somente no dia seguinte, o resgate alemão chegou. Da tripulação de 2.206 homens apenas 115 sobreviveram. O local do naufrágio foi descoberto pelo Dr. Robert Ballard em 1989, a 650 quilômetros de Brest, França. Os destroços estão a cerca de 4.600 metros de profundidade e são mantidos em segredo. O Bismarck, o maior navio de guerra da época, desperta interesse pela grandiosidade de seus últimos dias. Centenas de embarcações se mobilizaram de ambos os lados para afundar ou salvar o Bismarck. Seu nome, em homenagem ao príncipe Otto von Bismarck, permanece até hoje como um dos mais destacados na história naval do século XX.
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Dedico este post ao meu amigo Diego Pelegrino,
criador do site The Ship Titanic -
http://www.theshiptitanic.net/

Um comentário:

Anônimo disse...

só sei dizer que foi um senhor dos mares e se não tivese sido afundado,a marinha alemã era a mais potente do mundo,digo isto porque,eles eram bons engenheiros tanto no ar, terra, e mar.