quinta-feira, maio 18, 2006

NORMANDIE E O SEU ESTRANHO FIM

O SS Normandie estabeleceu novos padrões para os transatlânticos. O navio francês era o maior, o mais longo e o mais veloz ao fazer a travessia do Atlântico. Foi o primeiro a ter mais de 60 mil toneladas, mais de mil pés (330 metros) e conseguir velocidade média de cruzeiro de 30 nós (55 km/h). Durante a construção do navio, o acompanhamento da imprensa foi grande. A França também foi atingida pela Grande Depressão e seus armadores precisaram de auxílio do governo para completar a construção. Duzentas mil pessoas foram ao lançamento do SS Normandie em outubro de 1932. Somente em abril de 1935, os interiores foram terminados.
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O resultado e a performance nos testes foram aclamados por todos. Entre as inovações, o SS Normandie tinha um casco que não fazia ondas quando se aproximava do cais. O transatlântico tinha espaço para 1.345 tripulantes, 1.972 passageiros de primeira classe, 670 na segunda e mais 454 na terceira. Na viagem inaugural, em 29 de maio de 1935, o SS Normandie bateu o recorde de travessia do Atlântico, chegando à Nova York em apenas quatro dias, três horas e quatorze minutos. A performance e os superlativos do SS Normandie seriam ultrapassados em pouco tempo pelo novo navio da Cunard, o RMS Queen Mary. Seguiu-se uma disputa saudável entre os dois navios. O SS Normandie sofreu reformas para manter seu recorde de maior transatlântico, chegando a 83 mil toneladas.
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Com a Segunda Guerra Mundial, essa disputa cessou e o SS Normandie foi transformado em navio de transporte de soldados. Durante a reforma o SS Normandie foi vítima de um incêndio no dia 10 de fevereiro de 1942. Apesar de ter um bom sistema anti-fogo, o equipamento estava desligado por conta da reforma. O navio queimou e se inclinou para o lado do porto. Às 2h45min daquela madrugada, o gigante emborcou, esmagando um navio bombeiro, e se acomodou no solo sob o píer. O naufrágio praticamente em terra do maior transatlântico do mundo foi uma grande perda. No ano seguinte, o SS Normandie seria içado na operação de salvamento mais cara até então. Vários planos e tentativas de recuperação do navio foram colocadas em pauta. O projetista original sugeriu que se cortasse o SS Normandie ao meio, mas os danos de estrutura e o custo alto da reforma durante uma guerra como aquela não eram viáveis. Em 1947, foi transformado em ferro-velho.
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Dedico o post de hoje ao meu amigo Felipe Milward

6 comentários:

Anônimo disse...

muito bom o post ,muito bom mesmoooo
a cada dia q passa gosto mais desse blog
vc com as tragedias amritimas e eu com as tragedias aereas...

abraços.

Anônimo disse...

kredu, issu eh q eh ma sorte, afundar no pier, hehehe.
mto show o seu blog, d++++
parabens e bjx.

Anônimo disse...

Bom, vo te conta um negocio ............. eu acho que o homem ainda tem que evoluir muito pq pelo amor de Deus!!!!!!!! .... esses navios afundam demais!!!!!!!!!!!!!!!! ................... vlw por me dedicar esse post ........ um abração!

Anônimo disse...

Olá!
Satisfação em comentar em um site de navios, sobretudo sendo estes navios transatlânticos clássicos.
Você deu uma informação de que o Normandie foi o primeiro á deslocar mais de 60.000 toneladas, mas o próprio Titanic deslocava 66.000t. Muitos pensam que o famoso navio deslocava 46.000t, mas esse número se refere ao peso bruto, ou seja, ao volume; e não ao peso total.
No começo eu não gostava muito do Normandie porque eu só tinha um desenho que não mostrava toda a elegância do navio, mas pesquisando melhor descolbri um belo transatlântico! É foi um preconceito eu sei, mas nada como uma reviravolta.
O interessante desse site é que eu percebo a presença de mulheres nele, ja que elas não costumam a a falar de máquinas e os navios não são exceção. É muito bom vê-las se manifestando sobre o mais importante meio de transporte ja criado. Sabiam que o Normandie ja veio ao Brasil?
Finalizando, lamento a perda do navio mas pelo menos não houve mortes (me corrijam se eu estiver errado) e acho uma falta de consideração das autoridades empregar transatlânticos em operações militares, sendo esse um dos principais motivos de tantas perdas de importantíssimos navios. Os aviões também tem sua parcela de culpa na extinção das linhas transatlânticas, o que fez com que eu começasse a não gostar desses aparelhos.
Bom por enquanto é isso, tenho muito interesse de trocar experiência com os participantes do blog que é muito legal.
um abraço

Anônimo disse...

André,
Em momento algum foi dito que o Normandie deslocava 60 mil toneladas e sim, que foi o primeiro a ter mais de 60 mil toneladas. Houve uma má interpretação do texto por sua parte.
Obrigado por sua visita, volte sempre.

TATY LOWE disse...

Olá, galera! André, vc disse tudo e concordo, realmente, não há oque acrescentar. Mas naquela éoica, era comum utilizar os navios como transporte de tropas, já que não parecia haver outros meios, a não ser os trens, é claro. Mas mesmo não sendo utilizados nessas operações, alguns desses navios tiveram seu fim, a maioria torpedeada, tirando a vida de milhares de vidas inocentes (ex: Lusitania), muitas que não conseguiam se salvar. Mas pra quem decidia viajar naquelas épocas das duas guerras, o bicho pegava msm, e pra valer! Graças a Deus, hoje em dia é mais seguro, pode-se assim dizer. Fui!