O coração de qualquer instalação a vapor é constituído por caldeiras, onde se produzia a combustão, que eram compostas por um complexo distinto dos motores. Em linhas gerais, estavam ligadas a um tanque, que continha a quantidade de água necessária para a produção do vapor e onde se desenvolvia a energia térmica, obtida pela combustão do carvão. As caldeiras do Titanic eram de tipo cilíndrico com retorno de chama. Na parte inferior havia três fornos, onde se produzia a combustão. Para aumentar a extensão da superfície de aquecimento foi colocado um conjunto de tubos na câmara de água situada em cima da câmara de combustão; depois de terem percorrido o forno até a câmara de combustão, os gases voltavam desta em sentido inverso, passando pelos tubos até a câmara de fumaça para logo chegar à chaminé. O revestimento cilíndrico era fechado por dois fundos planos, reforçados por um sistema de barras de aço parafusadas em suas extremidades e nas partes salientes eram presas por uma porca. Toda caldeira era dotada de alguns aparatos acessórios, como as válvulas de recepção e de alimentação, os marcadores de nível e os manômetros, etc. As caldeiras demoravam para adquirir pressão, porque eram tão grandes “que poderia passar por dentro delas um bonde de dois andares”. A câmara de água, devido à sua amplitude, não requeria a instalação de uma “cúpula de vapor”, ou seja, de uma parte superior para recolher o vapor mais seco, com o objetivo de evitar que a água vazasse da caldeira quando a ebulição fosse muito alta. Havia 29 caldeiras no total, das quais 24 tinham frente dupla, alimentando-se pelas duas paredes dorsais e com seis fornos cada uma, e cinco se alimentavam apenas frontalmente.
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No Titanic havia 159 câmaras de combustão. Situavam-se no centro do navio entre o quarto e o décimo compartimento estanque. Os compartimentos estanques eram numerados a partir da proa, enquanto os locais das caldeiras eram seis e numerados em sentido inverso. Para alimentar as câmaras de combustão, sobre cada frente de caldeira havia reservatórios de carvão, que partiam do fundo duplo e iam até embaixo do convés. No total, os 11 reservatórios de carvão tinham uma capacidade de 7.892 toneladas.
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No Titanic havia 159 câmaras de combustão. Situavam-se no centro do navio entre o quarto e o décimo compartimento estanque. Os compartimentos estanques eram numerados a partir da proa, enquanto os locais das caldeiras eram seis e numerados em sentido inverso. Para alimentar as câmaras de combustão, sobre cada frente de caldeira havia reservatórios de carvão, que partiam do fundo duplo e iam até embaixo do convés. No total, os 11 reservatórios de carvão tinham uma capacidade de 7.892 toneladas.
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