segunda-feira, novembro 07, 2005

LUSITANIA E MAURITANIA: UM GRANDE PESADELO PARA LORDE PIRRIE

Desde que a notícia da construção dos navios gêmeos por parte da casa Cunard caíra como uma bomba no setor da indústria naval, William James havia empreendido uma luta na qual a resignação não tinha espaço. Era preciso encontrar uma solução, custasse o que custasse, algo que possibilitasse responder com força e eficácia iguais à supremacia que a histórica adversária da White Star conquistara em tão pouco tempo com esses dois transatlânticos capazes de conquistar a cobiçada Flâmula Azul, ou seja, era preciso quebrar o recorde de velocidade da travessia atlântica.
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A partir da segunda metade do século XIX, o tráfico de mercadorias entre as duas margens do oceano se multiplicara vertiginosamente; porém, também era evidente que outra demanda se fazia cada vez mais imperiosa: o aumento da emigração, que havia levado a população dos Estados Unidos a crescer quatro vezes em apenas cinqüenta anos.
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A luta pelo controle do tráfico nos mares seria vencida ali, na conquista do maior número de passageiros para as rotas das companhias. Este era o assunto que James Pirrie queria expor depois de jantar com o presidente da White Star. Começou, precisamente, apresentando o panorama que se formava, muito bem conhecido de seu convidado, mas que serviria de apoio para ajudá-lo a formular sua proposta de última solução naquele clima apocalíptico. Não haveria uma segunda oportunidade e todo o poder até então acumulado desapareceria.
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Sua capacidade para convencer o amigo deveria ser absoluta, seria preciso insistir na urgência da resposta que seria dada à casa Cunard, as vantagens do negócio deveriam ser expostas de maneira conclusiva, de maneira que não ficasse nenhuma dúvida.
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A velocidade, ou seja, aquilo que podia parecer o ponto forte do Lusitania e do Mauritania, fora rebatido por lorde Pirrie; ele salientava que a vantagem de uma viagem mais rápida não poderia atrair mais passageiros do que a garantia de luxo e comodidade, pois a qualidade sempre caracterizara a White Star. Uma velocidade não excessivamente alta permitiria um controle mais eficaz das vibrações dos motores, o que significaria maior conforto para os viajantes; além disso, no plano puramente econômico, o objetivo de uma velocidade maior implicaria automaticamente um aumento de gastos para a companhia. O consumo de carburante não aumentava em uma proporção segura em relação à velocidade, ao contrário, para conseguir um nó a mais, a quantidade necessária de carvão seria sempre maior do que a utilizada em velocidades mais baixas. Além disso, onde estocar o carvão necessário para alcançar o recorde? Não seria melhor usar esse possível espaço para criar outras instalações para os passageiros?
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FOTO: A Cunard Line foi uma das primeiras companhias a potencializar as rotas do Atlântico norte entre a Europa e os Estados Unidos. Para tanto, construiu dois transatlânticos, o Lusitania e o Mauritania, que usariam a velocidade para derrotar a concorrência. Observe no alto do cartão a britânica e agressiva insígnia da Cunard Line.

Um comentário:

Anônimo disse...

BOA SEMANA DE TRABALHO.
MUITO SHOW ISSO AQUI, HUAHUAHUAHUAHUA.